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Vem ai o Verão! E com ele os incêndios?

 

Vem aí o calor, as férias, as praias e os passeios por essas nossas paisagens e aldeias lindíssimas. No entanto, há muita pouca gente preocupada com os fogos! Já se esqueceram, que acerca de três, quatro anos, arderam 200 mil hectares de floresta? O nosso país encabeçava a lista dos mais sacrificados pelo fogo (65% do total da área ardida na Europa do Sul)? E que na Grécia, nessa mesma altura, não se registavam incêndios na televisão grega. Mas porquê Portugal tanto, e a Grécia tão pouco?

Tivemos conhecimento, mais tarde, que a Grécia possuía e possui, naturalmente, quase meia centena de meios aéreos de combate ao fogo. Desde aviões a helicópteros, dos mais modernos e eficientes, prontos a actuar. E que em Portugal, não chegam a meia dúzia os meios aéreos destinados a esse combate e que mesmo algumas destas aeronaves, que estavam ao nosso serviço, eram alugadas a peso de ouro, a empresas especializadas na matéria. Muita gente advoga que o Estado deveria ter meios próprios para o efeito. Mas depois…fica tudo na mesma! Esquecem-se que, os incêndios são dos maiores flagelos para o nosso país: esvaziam os cofres do Estado que somos todos nós, e queimam muito do que poderia enchê-los.

Noticiava-se, há três anos, que o Estado iria adquirir 50 “meios aéreos de combate aos incêndio”. Não se sabia, na altura, se seriam comprados, ou se seriam alugados. Paira a pergunta, com o fumo da dúvida: foram ou não adquiridos? Como se pode então ter a certeza de contar com eles? Ou a efectivação de compra, ou de aluguer dá-se de um dia para outro?...Mais: falaram em cerca de 1188 veículos e mais de 5000 bombeiros preparados para actuar contra as chamas mas, depois, ninguém adiantou mais nada sobre este assunto urgente e prioritário. Lembrem-se que Julho e Agosto são os meses em que o país é mais devastado pelas chamas. O ministro da Administração Interna, na altura (há 4 anos) António Costa, admitiu que “….houve falhas na prevenção dos incêndios em Portugal: a prevenção não produziu os efeitos desejados”. Lembram-se? Pois é! E agora? Estaremos preparados para não haver falhas?

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